Sigo em frente

Sabe aquele dia em que você acorda e encara que precisa tomar algumas atitudes na vida e mudar o curso do agente causador da dor?
Então, esse dia chega, porém as consequências dessas atitudes também, essa é a pior fase, pois as dúvidas batem na cachola: "Será que fiz a coisa certa?", "Será que estou agindo como eu quero ou como as pessoas acham que devo fazer?", "Será" ... "e se ..."?
Aí eu vejo que não sou mais aquela rainha, que eu sou frágil como qualquer mero mortal cheio de dúvidas e medos, mas quando eu olho para trás e vejo que eu não poderia ter feito outra escolha.
Mas como encarar a solidão e aceitar essa dor que parece ainda maior?
A resposta exata ainda não sei, mas o que sei é que sigo em frente, assim é que deve ser, o tempo a tudo cura, ele não fará diferente comigo, o que preciso é caminhar em busca de mim, pois estive perdida vivendo para alguém e esqueci de mim.
Não há laços desfeitos que não causem dor, para que um dia exista um fim um dia toda história deve começar, um dia ela foi boa, feliz e doce, mas a personagem deu espaço para a pessoa, então a face endurecida ficou feia em vista da máscara alegre que a revestia, isso acontece, por isso há tantas desilusões, é normal, por isso devo deixá-lo ir. Essa é minha escolha, que dói, que me arrasa, mas retroceder me mataria ainda mais.
Apenas sigo em frente, assim como o curso das águas, logo essa mágoa irá passar, dias melhores virão e essa ferida irá cicatrizar.

Autora: Ursula Andress de Menezes

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